Como as Células-tronco mudam completamente a sua vida e disposição
— Ai, meu pescoço, meu Deus do céu…
Tento um alongamento na frente do computador e desisto de trabalhar.
— Ai, ai…
Levanto e dou uma volta pela sala. Olho o mar ao longe pela janela.
Respiro fundo e solto:
— Parece que desisti da vida, não foi só do alongamento.
Olho os porta-retratos espalhados pela sala e reflito sobre a vida.
Converso com meus botões:
— Onde foi que eu comecei a me perder?
Suspiro e sento numa poltrona, ainda olhando pela janela.
“É, os anos passaram…”
Movimento-me um pouco e sinto a dor persistente que não afeta apenas o meu pescoço, mas todas as minhas costas.
Acabo falando sozinho:
— Mas será que eu poderia fazer alguma coisa?
Toco a pele do meu braço e das pernas.
— Quanta flacidez horrorosa.
Penso que o fato de estar com sessenta e cinco anos é o fim. Não há o que fazer! Ficar velho faz parte da vida.
Olho para o meu corpo e me sinto sem esperança.
“Não tem o que fazer!”
Penso no tempo em que ainda me relacionava afetivamente e sexualmente.
“Era tão bom, meu Deus. Aquilo, sim, é que era vida!”
Ouço o barulho da porta e vejo que meu filho veio me visitar.
— Oi, pai!
— Oi, filho, tudo bem? Você não costuma vir nesse horário, aconteceu alguma coisa?
Ele se senta ao meu lado e olha para mim, sorrindo:
— Tenho uma novidade!
— É mesmo?
Ele balança o pescoço afirmativamente e fala:
— Eu vou levar o senhor para fazer tratamento com células-tronco!
Eu acho que faço cara feia e fico olhando para ele, sem dizer nada. Então, ele continua:
— É um novo tratamento, pai, eu quero fazer também.
— Mas como é isso, filho?
— Você recebe células-tronco no sangue, e elas se espalham pelo seu corpo, exatamente aonde elas devem ir. Sabe o que isso significa?
Movo o pescoço para os lados. Então, ele toca minha mão e fala todo motivado:
— Elas vão curar o seu corpo até onde você nem imagina que está precisando. Tenho um amigo que fez e vi ele outro dia, parece outra pessoa, pai. E tem mais!
Agora estou instigado. Questiono rapidamente:
— O que?
— Ele fez uma coisa chamada “retonificação peniana”. Disse que fazia tempo que não conseguia e agora está até de namorada nova.
Me levanto da poltrona num rompante:
— É sério isso, filho? Quantos anos tem seu amigo?
— Cinquenta e sete!
“Minha nossa, cinquenta e sete não é tão longe de sessenta e cinco, será que dá para mim?”
Meu filho faz piada:
— Gostou né, pai?
Eu resmungo alguma coisa e decido:
— Quando é que a gente vai?
Meu filho riu, e, pouco tempo depois, fomos conhecer o Dr. Tércio e os tratamentos com o que ele faz com o que chama de Partículas Divinas.
Decidi pelo tratamento geral, o endovenoso, que rejuvenesce e cura o corpo de dentro para fora. E, claro, quis fazer a retonificação peniana o mais rápido possível.
— E não é que funcionou?
O resultado da retonificação foi imediato, e eu já me senti de volta à vida. Somado aos efeitos e resultados do tratamento endovenoso, que começaram a surgir em poucas semanas, eu fui me transformando em uma nova pessoa.
Acabou o desânimo!
A dor no pescoço foi embora, as costas foram revigoradas, e eu passei a dormir muito melhor. Só com isso eu quis voltar a me exercitar e, passado mais um tempo, eu olhei para a pele do meu braço e da minha perna e me senti incrível, porque eu nem esperava que isso melhorasse também.
Depois disso, vi que meu rosto ficou mais jovem porque a pele ficou viçosa e o cabelo mais cheio. Minha disposição mudou da água para o vinho, e eu nem sei onde ela começa e onde termina; porque a cada dia que passa me sinto mais rejuvenescido, e isso volta a me deixar mais animado, é um círculo virtuoso de bons efeitos colaterais e sem fim.
Não tenho palavras para agradecer meu filho pelo que ele fez por mim. No fundo, ele sabia que eu já estava num estado depressivo e sem vontade de viver. Foi uma prova de amor para mim.
Também sinto muita gratidão pelo Dr. Tércio e pela medicina regenerativa. E, claro, pelas células-tronco, que ele chama de Partículas Divinas.
“São divinas mesmo!”
Eu não sabia de nada disso, nunca imaginei que a medicina pudesse ir tão longe.
Encho o peito de ar e falo comigo mesmo:
— Quem diria que na velhice eu me sentiria tão vivo e feliz?
A vida é mesmo surpreendente!
Olho pela janela e vejo a minha namorada chegando.
Me pego com um sorriso de orelha a orelha.
“Quem diria que eu ia amar outra vez?”
Abro a porta, sem disfarçar minha alegria.
Aliás, por que eu iria disfarçar?
— Oi, amor!
Ela entra e me beija, cheia de amor para dar.
Eu vou logo é receber esse amor!
Até mais!



