Muito se fala sobre reposição hormonal e há vários motivos significativos para isso.
De um lado, são inúmeras mulheres sofrendo com os efeitos da menopausa e sonhando com a melhora desses sintomas. Do outro, ainda existe desinformação e necessidade de esclarecimento sobre as controvérsias da reposição.
Em primeiro lugar, é necessário compreender que a reposição hormonal tem como principal objetivo evitar as quatro piores doenças, que mais matam mulheres, a partir desse período: doenças cardiovasculares, Câncer, Doenças Degenerativas cerebrais como o Alzheimer e diabetes.
Em segundo lugar então, vem a melhora dos sintomas, que tanto judiam das mulheres e causam inúmeros sofrimentos físicos e psicológicos.
Só que a reposição não deve ser feita pela paciente sozinha, mas com profissional, de modo individual e trabalhada com a melhora da qualidade de vida: alimentação saudável, sono reparador, exercício físico,controle do stress e o uso de suplementos , quando necessárias, dependendo do quadro de cada uma.
Por que a reposição hormonal é tão importante
O que acontece com os ovários e o organismo da mulher, quando ela atinge os 40, 45 ou 50 anos de idade?
A mulher nasce com uma quantidade de cerca de 1 a 2 milhões de óvulos nos ovários, que já estão programados para desaparecerem por atresia , trata-se da nossa característica como ser humano , um processo natural.
Esse fenômeno também é influenciado pelos hábitos de vida, mas ainda assim, os óvulos entram em atresia e desaparecem espontaneamente, independente do que a mulher fizer.
A mulher tem cerca de 6 milhões de óvulos, seu número máximo, na 20ª semana de gestação, ainda dentro do útero materno. Quando ela nasce, esse número já caiu para cerca de 1 a 2 milhões. Na puberdade, são 400 mil, nos 2 ovários ou seja 200 mil em cada um e a partir dessa fase, ela ovula uma vez por mês, um óvulo. E perde cerca de mil óvulos em cada menstruação, por atresia.
Então, se ela ovula uma vez por mês durante aproximadamente 30 anos, ela acaba gastando quase 400 mil óvulos nesse processo.
Aos 40 anos, além de não ter mais uma quantidade suficiente de óvulos, para manter o ciclo menstrual, ela também apresenta envelhecimento dos óvulos que ainda possui. Dessa forma, o corpo lúteo, que é a estrutura formada dentro do ovário, após a ovulação e responsável pela produção de progesterona tem sua produção comprometida.
Conforme a mulher envelhece, a produção de progesterona no corpo lúteo não é mais suficiente, mas deficitária e por isso a mulher começa a apresentar os primeiros sinais do climatério, da menopausa.
A menopausa é o termo que se usa quando a mulher fica pelo menos um ano sem menstruar!
O climatério ou perimenopausa, começa 5 anos antes da menopausa e vai até 5 anos depois da última menstruação,em média. Nessa fase, ela começa a sofrer os sintomas decorrentes, primeiro , dessa falta de progesterona: dificuldade do sono, apresenta uma névoa cerebral com dificuldade de raciocínio, falta de foco e memória, cansaço extremo e irritabilidade.
Por tudo isso, é que o primeiro hormônio que a mulher deve repor nessa fase é a progesterona!
Como ocorre a reposição?
A reposição de hormônios hoje ocorre com hormônios bioidênticos, ou seja, com a mesma estrutura molecular daqueles que a mulher produzia pelos ovários, quando tinha cerca de 25 anos de idade. Ela é feita através do gel transdérmico ou implantes hormonais subcutâneos, ou via oral no caso da progesterona.
Com esses hormônios, a mulher tem segurança, menos efeitos colaterais e se protege das 4 maiores doenças, que podem levá-la a óbito.
É possível promover qualidade de vida a algo muito mais saudável, se também melhorar os hábitos alimentares e fizer outros tipos de tratamento para a longevidade, como o das Células-tronco, que é a melhor opção que existe.
Qual a origem da polêmica da reposição hormonal?
Alguns profissionais e pacientes ainda temem a reposição hormonal, devido a um estudo que foi feito nos Estados Unidos, no ano 2000. Esse trabalho usava hormônios que que não tinham a mesma estrutura molecular, como hoje, dos hormônios produzidos pelos ovários da mulher. Nesse estudo , as mulheres estudadas ,foram em mulheres mais velhas, que já estavam na menopausa há mais de 10 anos, acima do momento ideal e que tinham outras comorbidades.
A média da idade das mulheres no estudo foi de 63 anos e muitas apresentavam hipertensão arterial, sobrepeso, sedentarismo e tabagismo, verdadeiras bombas atômicas para qualquer tipo de problema clínico e cardiológico. Foi fornecido, no estudo , para essas mulheres o hormônio estrogênio, retirado da urina de éguas grávidas e por via oral. Além do uso de um progestagênio sintético ,a medroxiprogesterona(que nem existe hoje no mercado)
Na época, era a única coisa que existia e que melhorava os sintomas. Ainda assim, essas mulheres se beneficiaram do tratamento. Porém, efeitos negativos vieram depois: aumento de câncer, doenças cardiovasculares e derrame cerebral. Por isso, o estudo foi interrompido após cinco anos, ao invés dos oito, anteriormente planejado.
O resultado do estudo foi mostrado pela imprensa leiga, ao contrário de estudos sérios que são publicados em revistas médicas para que sejam debatidos de forma ética entre os pesquisadores e as sociedades médicas. Muita coisa mudou de lá para cá e novos estudos foram realizados. Hoje se sabe, que a reposição moral tem que ser feita o mais rápido possível, a partir do momento que a quantidade de progestágenos e de estrogênio começa a diminuir, e com hormônios bioidênticos.
Existe uma janela de oportunidade, que são os primeiros 10 anos, a partir dos primeiros sintomas da menopausa. Por que essa janela? Depois não pode? Pode, mas os maiores benefícios ocorrem quando se começa precocemente.
Alta costura
Além disso, a reposição deve ser sempre por via transdérmica, para evitar a passagem de estrogênio e testosterona pelo fígado. Já a progesterona pode passar pelo fígado porque ela produz outros metabólitos que são importantes, principalmente para o cérebro.
É importante fazer o controle a cada 6 meses e ir se adaptando.
A reposição hormonal é como alta costura, não é pret a Porter, que se pode chegar numa loja e pedir um número específico, como o 42. Não existe receita de bolo. É preciso ir ao médico e de acordo com os sintomas, verificar a falta de hormônio, quais hormônios, a fase em que se está e a partir daí, o profissional irá estruturar uma quantidade de hormônio para a reposição. O processo começa com uma quantidade baixa de hormônio, depois vai aumentando ou diminuindo, conforme os sintomas se apresentam.
A reposição hormonal não é o elixir da juventude, é preciso melhorar os hábitos de vida como atividade física, orientação alimentar, sono reparador, controle do stress peso saudável e estabilizado
Não é só para fazer a reposição hormonal que a mulher precisa tomar essas atitudes, mas para melhorar sua qualidade de vida, bem estar e longevidade.
Melhor do que isso, só a cereja do bolo; o tratamento com Células-tronco e o rejuvenescimento de um modo geral, além de uma disposição de juventude outra vez!
O melhor que se pode ter e ser!



